A Realidade do Saneamento Básico no Brasil
Conheça o cenário brasileiro
de saneamento básico, com informações
de âmbito nacional, regional e estadual.
O saneamento básico é o setor mais atrasado na infraestrutura brasileira. Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), os municípios brasileiros devem cumprir as metas de universalização dos serviços à população até 2033. No entanto, mantido o ritmo atual de investimentos, parcela significativa da população permanecerá, em 2050, sem água encanada e coleta e tratamento de esgoto.
Diante desse cenário, a participação da iniciativa privada como parceira em projetos e serviços de saneamento é fundamental. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) calcula ser preciso ampliar em 62% o valor anual investido, dos atuais R$ 13,6 bilhões para R$ 21,6 bilhões anuais. Só com parcerias o Brasil conseguirá levar serviços básicos à população brasileira.
- O Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) é o planejamento integrado do saneamento básico, incluindo os quatro componentes: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais urbanas, e possui o horizonte de 20 anos, período 2014 a 2033. -
Aprovado pelo Decreto nº 8.141, de 5 de dezembro de 2013, e pela Portaria nº 171, de 9 de abril de 2014, sua elaboração foi prevista na lei de diretrizes nacionais para o saneamento básico, a Lei nº 11.445. O PLANSAB, assim, foi elaborado pelo governo federal em amplo processo participativo de setores da sociedade.
A modernização do marco legal do saneamento básico brasileiro é fundamental para destravar investimentos e ampliar a cobertura dos serviços. Ela estabelece diretrizes regulatórias nacionais e permite a concorrência entre o setor público e o privado. Essa concorrência faz com que a população possa ter melhor acesso a água e esgoto.
Os indicadores foram coletados do Sistema Nacional de Informações de Saneamento – SNIS:
Abastecimento de água
IN055 - Índice de atendimento total de água (%)
(População total atendida com abastecimento de água / População total residente do(s) município(s) com abastecimento de água,segundo o IBGE) X 100
Coleta de esgoto
IN056 - Índice de atendimento total de esgoto referido aos municípios atendidos com água (%)
(População total atendida com esgotamento sanitário / População total residente do(s) município(s) com abastecimento de água,segundo o IBGE) X 100
Tratamento do esgoto coletado
IN016 - Índice de tratamento de esgoto (%)
(Volume de esgotos tratado+ Volume de esgoto importado tratado+ Volume de esgoto bruto exportado tratado / Volume de esgotos coletado+ Volume de esgotos bruto importado) X 100
Investimento por habitante
Investimentos realizados no estado em 2017 por habitante (R$/habitante)
(Investimento realizado em 2017 / População total residente do(s) município(s),segundo o IBGE)
Fontes consultadas: SNIS(2019), ABCON(2019) e IBGE Pesquisa de Informações Básicas Municipais 2017
Conheça o cenário brasileiro
de saneamento básico, com informações
de âmbito nacional, regional e estadual.
Comparativo |
Acre | |
---|---|---|
Abastecimento de água | 48% | |
Coleta de esgoto | 12,2% | |
Tratamento do esgoto | 99,7% | |
Investimentos por habitante | 99,7% |
Total de 22 municípios
Com 790 mil habitantes, o estado enfrenta grandes desafios no cumprimento das metas de saneamentobásico. Todos os indicadores estão abaixo da médianacional e os investimentos previstos, dificilmente, serão suficientes para alcançar a universalização dos serviços à população, que deve ocorrer até 2033. O setor privado prevê investir R$ 12,8 bilhões em saneamento, entre 2017 e 2021, no Brasil. No Acre, foram investidos R$70 milhões no setor, entre 2014 e 2016.